Com a perspectiva de alta da Selic, o que pode acontecer com os dividendos do VGIR11 no médio ou longo prazo? Veja opinião de analista.
O VGIR11, fundo imobiliário de papel sob gestão da Valora, tem uma carteira de ativos com forte exposição ao CDI. Assim, na visão de Pedro Dafico, analista CNPI e especialista em fundos imobiliários da Suno Research, o VGIR11 deve se beneficiar durante o ciclo de alta da taxa Selic no curto e médio prazo.
Em outras palavras, como o fundo imobiliário VGIR11 possui um portfólio majoritariamente indexado ao CDI, a expectativa é de que a alta dos juros no Brasil poderia gerar um novo aumento nos dividendos.
Ao final de dezembro, conforme o último relatório gerencial do FII VGIR11, 99,3% do seu patrimônio líquido estava alocado em CRIs, com um total de 58 operações distintas, e um valor total investido de R$ 1,394 bilhão.
Embora uma carteira de CRI 100% exposta ao CDI possa ser um benefício aos rendimentos do FII em caso de novas altas da Selic, o aumento dos juros também pode gerar alguns efeitos negativos ao fundo.
Isso porque a alta dos juros é um fator que pode arrefecer a economia e consequentemente trazer riscos adicionais a carteira. Outro ponto de atenção é o fato de que o aumento da taxa Selic também favorece os ativos de renda fixa em detrimento ao “prêmio” da renda variável, podendo trazer oscilações aos FIIs, de forma geral.
Outros destaques sobre o VGIR11
Ao longo dos últimos 12 meses, o VGIR11 acumula uma distribuição total de R$ 1,27 por cota, o que corresponde a uma rentabilidade líquida anual de CDI + 2,8%, com base no valor da mesma cota patrimonial.