destaques do Bom Dia FIIs (17/7)

VGIR11 e IBBP11 divulgaram relatórios gerenciais com detalhamento das atividades; XPLG11 reduziu vacância com nova locação.

Confira os destaques do mercado de FIIs – Foto: Pixabay

Os fundos imobiliários VGIR11, XPLG11 e IBBP11 estão entre os destaques desta quinta-feira (17), dia em que o mercado deve repercutir a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de validar parte do decreto presidencial que estabeleceu aumentos no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e havia sido derrubado por um decreto legislativo aprovado pelo Congresso. 

A decisão manteve, porém, o trecho da iniciativa dos parlamentares que determinava a derrubada da incidência do IOF sobre as operações de risco sacado. O ministro frisou que a Constituição assegura ao presidente a possibilidade de edição de decreto modificativo de alíquota do IOF, “por ser importantíssimo instrumento de regulação do mercado financeiro e da política monetária, desde que, entretanto, se atenha às estritas limitações previstas na legislação”.

Ao mesmo tempo, Moraes escreveu que as operações de risco sacado observam dinâmica diversa de operações de crédito, sendo tratadas, historicamente, com operações de antecipação de recebíveis. “Essas operações, observam uma dinâmica diversa, não assimilável a empréstimos ou financiamentos”, disse o magistrado.

A espera pela decisão já havia afetado o andamento dos mercados durante a quarta-feira (16). O IFIX fechou em 3.475,33 pontos, queda de 0,12% em relação ao resultado da véspera, a segunda consecutiva, depois de operar em patamar negativo durante a maior parte do período de negociações. Na semana, o índice de FIIs já acumula queda de 0,23%.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.

IBBP11 rende 223,6% acima do CDI nos primeiros 12 meses de atuação

O fundo imobiliário IBBP11 atingiu um dividend yield de 11,2% ao longo de seu primeiro ano de operações, completado em junho. O resultado total acumulado no período foi de 29,4%, superando em 26,2% o IFIX e correspondendo a 223,6% do CDI. Esses números demonstram o desempenho robusto do fundo no mercado.

No seu primeiro ano, o IBBP11 captou R$ 350 milhões e seu valor patrimonial cresceu 19,3%, atingindo um patrimônio líquido de R$ 395 milhões. Esse resultado foi impulsionado pela valorização de ativos e a capacidade do fundo em gerar valor ao longo do tempo. O portfólio do fundo conta com 75 mil m² de área bruta locável, além de 38 mil m² atualmente em construção, com mais 163 mil m² prontos para desenvolvimento futuro.

Quanto aos dividendos, os últimos rendimentos do IBBP11 foram de R$ 0,068 para a classe Ordinária, relativos aos resultados do mês de junho. Quando anualizado, este rendimento resulta em um dividend yield de 10,50%. O fundo, da gestora InVista, está atualmente negociado na faixa de R$ 8,00, com desconto de cerca de 11% em relação ao valor patrimonial por cota, de R$ 9,03.

XPLG11 fecha novo acordo de locação, com impacto de R$ 0,03 por cota

O fundo imobiliário XPLG11 anunciou a assinatura de um contrato de locação de um espaço de 3.571,64 metros quadrados no condomínio Santana Business Park (SBP), localizado em Santana de Parnaíba (SP). O imóvel será ocupado por uma empresa do setor de tecnologia. A nova locação teve início em 15 de julho, com duração inicial de 12 meses e possibilidade de renovação por igual período conforme cláusulas acordadas.

A assinatura do contrato melhora a taxa de vacância do fundo, que passará de 7,9% para 7,6%. Essa redução foi impactada pela ocupação total do condomínio SBP, inclusive nas áreas de expansão. Os dados indicam o resultado positivo de um processo de gestão ativa do portfólio do FII XPLG11.

Quanto à projeção de receita, o contrato deve gerar aproximadamente R$ 0,0302 por cota ao longo dos próximos 12 meses. Esse valor será incorporado ao cálculo dos dividendos do XPLG11 dentro da regra do mercado de FIIs, que prevê a distribuição de 95% dos lucros em regime caixa aos cotistas.

MCRE11 anuncia dividendos de R$ 0,11 por cota e yield de 1,27%

O fundo imobiliário MCRE11 comunicou a distribuição de dividendos no valor de R$ 0,11 por cota, com previsão de pagamento para o dia 22 de julho. A quantia será destinada aos investidores que estavam cotistas até a data de corte, nesta terça-feira (15). A distribuição refere-se ao mês de junho e demonstra estabilidade, mantendo o mesmo patamar de rendimento nos últimos cinco meses. O dividend yield da distribuição é de 1,27%.

Nos últimos 12 meses, o MCRE11 distribuiu dividendos de forma regular, reforçando sua estratégia de presença no setor de recebíveis imobiliários. O fundo, administrado pelo BTG Pactual e gerido pela JiveMauá desde sua abertura em junho de 2021, aplica-se na tese de investimentos relacionada a recebíveis imobiliários, consolidando sua posição no índice IFIX, o principal do setor.

Atualmente, o MCRE11 conta com aproximadamente 83 mil investidores e um patrimônio líquido de R$ 1,14 bilhão, o equivalente a R$ 10,22 por cota. Em seu último relatório gerencial, o fundo reportou a ampliação em posições de ativos que já estavam em seu portfólio.

VGIR11 registra rentabilidade líquida de CDI + 1,9% e lucro de R$ 15 milhões

O fundo imobiliário VGIR11 apresentou uma redução em seu resultado mensal, encerrando junho com um lucro de R$ 15,07 milhões, abaixo dos R$ 17,975 milhões registrados no mês anterior. A distribuição de dividendos do VGIR11 no mês foi de R$ 0,12 por cota, o que equivale a uma rentabilidade líquida de CDI + 1,9% ao ano, considerando o valor patrimonial de maio.

As receitas totais obtidas em junho somaram R$ 22,426 milhões, enquanto as despesas atingiram R$ 7,355 milhões. O VGIR11 encerrou o mês com 258.790 cotistas e uma média diária de negociações de aproximadamente R$ 5,4 milhões. Nos últimos 12 meses, o dividend yield refletiu um retorno líquido de CDI + 2,3% ao ano.

A composição da carteira do VGIR11 revela uma forte concentração em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), com 108,8% do patrimônio líquido alocado nesse segmento. A soma equivale a R$ 1,533 bilhão, valor distribuído em 58 operações distintas. Na área de operações, o VGIR11 realizou aportes relevantes, especialmente na aquisição de CRIs como Helbor 111E e Helbor 51E, além de reforçar posições em títulos existentes.

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