IFIX tem 1ª queda após recordes; CACR11 derrete e amplia perdas

IFIX fechou em queda no pregão desta terça-feira (9): terminou o dia em 3.505,91 pontos, recuo de 0,10% em relação à véspera.

Confira os destaques do mercado – Foto: Pixabay

Depois de dois dias consecutivos com fechamento na máxima histórica, o IFIX fechou em queda no pregão desta terça-feira (9): terminou o dia em 3.505,91 pontos, recuo de 0,10% em relação à véspera.  

Ao contrário das sessões anteriores, o índice de FIIs oscilou negativamente durante quase todo o pregão, depois de uma breve alta nos primeiros minutos. Em nenhum momento, porém, chegou a operar abaixo da marca simbólica dos 3.500 pontos, alcançada pela primeira vez na sexta-feira (5).

Para analistas, o mercado operou em compasso de espera, diante da revisão para baixo de dados do payroll do primeiro semestre. Os números mostraram que a queda dos últimos meses no principal indicador de mercado de trabalho dos EUA foi menos acentuada do que se desenhou com os resultados divulgados na semana passada. A percepção do mercado, contudo, ainda é de queda dos juros na próxima reunião do Fed, na semana que vem.

IFIX — resumo do dia 09/09/2025

  • Fechamento: 3.509,36 pontos (+0,26%)
  • Mínima: 3.501,80 (-0,22%)
  • Máxima: 3.512,32 (+0,08%)
  • Acumulado da semana: +0,16%
  • Acumulado do mês: +0,85%
  • Acumulado do ano: +12,50%

CACR11 tem 7ª queda consecutiva

O fundo imobiliário CACR11, que atua no segmento de recebíveis, voltou a registrar a pior queda do dia, desta vez de 8,59%, e fechou o pregão negociado a R$ 62,78, sua cotação mínima histórica. Desde a virada do mês, quando fechou a R$ 82,01, o FII perdeu 23,45% do valor de mercado. 

Na comparação com 31 de julho, quando terminou o mês cotado a R$ 97,53, a perda acumulada é de 35,63%. Gerardo Azevedo, analista de FIIs da Suno Asset, explica que o CACR11 tem algumas operações fora do usual do mercado de FIIs.

Segundo ele, algumas dessas operações começaram a chamar atenção de investidores devido a eventos como waivers (suspensão temporária de pagamento de CRIs) e terrenos vazios. “A partir disso, criou-se uma onda de comentários e pessoas procurando saber de informações e a cotação despencou bastante”, aponta o especialista, que atua no time de gestão de SNFF11 e SNME11.

Na sexta-feira (5), após o fechamento do pregão, a Cartesia, gestora do FII, divulgou um comunicado ao mercado afirmando que os preços estavam sendo impactados por “comentários especulativos” relacionados a alguns ativos do portfólio.

A empresa declarou ainda que os CRIs possuem cláusula de amortização de 0,5% ao mês como forma de reduzir e gerenciar o nível de IPCA acruado, e que os waivers fazem parte da estratégia de gestão dos dividendos, planejados com antecedência de 6 meses. Nesta segunda-feira (8), o FII distribuiu rendimentos de R$ 1,35 por cota.

Na outra ponta, o VILG11, que atua no segmento de imóveis logísticos, 1,59% e fechou em R$ 87,00. O TOPP11, que detém a posse de lajes corporativas (escritórios), subiu 1,07%, a R$ 68,99.

Entre os FIIs de maior liquidez, o MXRF11 teve leve recuo depois de atingir a máxima do ano e caiu 0,21%, fechando em R$ 9,63. O CPTS11, que anuncia dividendos nesta quarta-feira (10), teve queda de 0,27%, a R$ 7,42.

A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição, com 115 FIIs, começou a valer na semana passada e valerá até o fim do ano.

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