VISC11 e OUJP11 divulgaram relatórios detalhados, enquanto RVBI11 anunciou cronograma de incorporação de dois FOFs de seu grupo.
Os fundos imobiliários VISC11, OUJP11, RVBI11 e SNME11 estão entre os destaques desta quinta-feira (14), dia marcado pelo pagamento de dividendos por cerca de uma centena de FIIs, o que traz expectativa de movimentação positiva para o mercado depois de três dias de queda na semana.
O IFIX fechou nesta quarta-feira (13) em 3.410,62 pontos, queda de 0,03% em relação à véspera, a terceira consecutiva na semana. O cenário foi parecido com o de segunda-feira (11): após uma alta inicial e a máxima do dia, o mercado recuou para perto do resultado da véspera e passou a oscilar negativamente depois das 14h.
Perto do fechamento, o índice de FIIs atingiu a cotação mínima da sessão e teve uma leve recuperação, mas insuficiente para terminar o dia no azul. O resultado deixa o IFIX com queda acumulada de 0,75% no mês de agosto, com sete quedas e duas altas em nove pregões já realizados.
O décimo dia útil do mês, marcado pelo pagamento de dividendos por alguns dos maiores do mercado, como o MXRF11, que distribui cerca de R$ 43 milhões aos investidores. Boa parte desse valor é realocado por quem busca aumentar seu posicionamento em FIIs, o que acaba impactando positivamente o IFIX. Neste ano, o índice fechou de forma positiva no décimo dia útil em todos os meses.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
OUJP11 entrega retorno líquido de 14,33% em 12 meses aos cotistas
O fundo imobiliário OUJP11 divulgou nesta terça-feira (12) os resultados do mês de julho. Durante o período, o FII teve retorno total de +0,75%, alcançou um lucro de R$ 4,16 milhões e reforçou sua carteira por meio da aquisição de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Nos últimos 12 meses, o retorno total acumulado atingiu 14,33%, superando o CDI líquido de IR (10,67%) e o IMA-B 5 (11,46%).
Os resultados de julho resultaram em uma receita de R$ 1,28 por cota, com distribuição prevista de R$ 1,00 por cota em 14 de agosto. O saldo de resultado retido ao final do período foi de R$ 0,96 por cota, valor que será utilizado para ajustar os dividendos futuros e a correção monetária acumulada.
O portfólio do OUJP11, que tem gestão da Fator e da JPP Capital, permanece altamente concentrado em ativos imobiliários, com 93% dos recursos aplicados. Desses, 92% estão investidos em CRIs, enquanto apenas 0,6% estão distribuídos em fundos de investimento imobiliário (FIIs). Dentro da carteira de CRIs, 65% estão atrelados ao IPCA, 34% ao CDI e 1% ao IGP-M. Os 7% restantes permanecem em caixa, contribuindo para a liquidez do fundo.
HGFF11 e BPFF11 vão deixar a B3 em meio a incorporação pelo RVBI11
Os fundos imobiliários HGFF11 e BPFF11 vão deixar de ser negociados no mercado secundário da B3 após o fim do pregão da próxima segunda-feira, 18 de agosto. Ambos serão incorporados pelo RVBI11 que, ao fim do processo, deve ficar com patrimônio líquido de cerca de R$ 1,3 bilhão.
O RVBI11, o maior dos três FIIs envolvidos no processo, tem patrimônio líquido de R$ 776 milhões, ou R$ 75,52 por cota. Ele foi escolhido para incorporar os demais pelo Patria Investimentos, gestor dos três fundos, porque já tem um mandato de FII multiestratégia. Hoje, 93% de suas alocações são em cotas de FIIs.
O HGFF11 é um FOF (fundo de fundos) tem patrimônio líquido atual é de R$ 254,3 milhões, ou R$ 81,82 por cota, com 91,7% de alocações em cotas de FIIs. O BPFF11, também um FOF, passou ao Patria no primeiro semestre deste ano, no processo de aquisição de seis FIIs sob gestão da Genial. Com PL de R$ 319,9 milhões (R$ 71,21 por cota), o fundo tem 95% de alocações e outros fundos imobiliários.
SNME11 supera benchmarks de investimento e explica movimentações recentes
O fundo imobiliário SNME11, que atua no segmento multiestratégia com gestão da Suno Asset, obteve um retorno patrimonial de 2% em junho. Com isso, superou benchmarks como o IFIX, que teve alta de 0,63% no mês, e o índice IPCA + IMA-B, que foi de 0,84%.
O fundo finalizou o período com um alfa de 3,38% sobre o IPCA + IMA-B e de 16,18% em relação ao IFIX. Os dividendos do mês foram mantidos no patamar de R$ 0,11, o que representa um dividend yield anualizado na casa de 14,61%. O patrimônio líquido é de R$ 71,9 milhões, sendo 45% desse valor alocados em cotas de FIIs.
Uma das operações realizadas no mês envolveu cotas dos fundos BARI11 e CVBI11, ambos do Patria Investimentos. Segundo a gestão, foi criada uma oportunidade de arbitragem através de estratégias de “long and short” que pode destratar ganhos à medida que avançar a fusão entre os FIIs de recebíveis, que incluirá também o portfólio do PLCR11.
VISC11 tem lucro de R$ 22,4 milhões e taxa de ocupação sobe para mais de 94%
O fundo imobiliário VISC11 apresentou, em julho, um resultado líquido total de R$ 22,466 milhões, equivalente a R$ 0,78 por cota. As remessas oriundas dos shoppings do portfólio atingiram R$ 27,082 milhões, o que corresponde a R$ 0,94 por cota. A distribuição de dividendos do VISC11 será de R$ 0,81 por cota, a ser realizada nesta quinta-feira (14).
O fundo mantém um valor acumulado não distribuído de R$ 28,374 milhões, ou R$ 0,98 por cota, que poderá ser utilizado para futuras distribuições de ganhos aos cotistas. A gestão do VISC11 projeta que, até dezembro de 2025, os rendimentos pagos mensalmente permanecerão na faixa de R$ 0,80 a R$ 0,85 por cota. A taxa de ocupação do portfólio, por sua vez, manteve-se acima de 94%, recuperando o nível de antes da pandemia de Covid-19.
Com a distribuição de rendimentos, o retorno total do VISC11 em julho foi de 0,5%, superando o índice de referência IFIX em 1,9 ponto percentual. Desde seu IPO, a rentabilidade bruta acumulada do fundo atingiu 95,6%, enquanto a rentabilidade líquida, para investidores pessoa física, chegou a 95,1%, o que equivale a 130,6% do CDI líquido no mesmo período.