HGLG11, VRTA11, SNME11, RVBI11: Bom Dia FIIs (28/7)

HGLG11 anunciou oferta; VRTA11, SNME11 e RVBI11 divulgaram relatórios detalhados sobre suas atividades durante o mês de junho.

HGLG11 atua no mercado de imóveis logísticos – Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários HGLG11, VRTA11, SNME11 e RVBI11 estão entre os destaques desta segunda-feira (28), abertura da última semana do mês. O mercado tenta estender o embalo do fim da semana passada, quando o IFIX emendou dois dias de alta após sete quedas consecutivas, a fim de manter a sequência de resultados mensais positivos que vem desde fevereiro.

Na sexta-feira (25), o índice de FIIs fechou em 3.445,11, alta de 0,22% em relação ao pregão anterior, mas 0,57% abaixo do fechamento de 30 de junho, em 3.483,77 pontos. Ou seja, nos próximos quatro dias, o IFIX precisa subir cerca de 40 pontos para recuperar o status positivo.

A favor do mercado de FIIs está o tradicional rali de dividendos que movimenta os últimos dias do mês, com seu auge na quinta-feira (31), quando mais de 150 FIIs anunciam sua distribuição de dividendos. Entre eles estão alguns dos maiores fundos em base de cotistas, como o MXRF11, com mais de 1,3 milhão de investidores, e o HGLG11, que cruzou a barreira dos 500 mil.

O cenário macroeconômico, porém, pode jogar contra essa ascensão do IFIX, já que, se não houver recuo do governo norte-americano, a partir de sexta-feira, 1 de agosto, entra em vigor a tarifa de importação de 50% para a entrada de produtos brasileiros nos EUA, com impactos indiretos sobre o mercado de FIIs, diante da queda da aversão ao risco por investidores. 

Também nesta semana acontece mais uma Super Quarta, com decisões de juros nos EUA e no Brasil. A expectativa de movimentação nas taxas é pequena, mas o mercado aguarda com ansiedade se o Fed, banco central norte-americano, sinaliza o começo do ciclo de queda para setembro, enquanto avaliará o posicionamento do Copom sobre os últimos dados macroeconômicos brasileiros e seu impacto sobre o ciclo da Selic.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.

SNME11 paga dividendos de 1,14% e CRIs mantêm maior relevância em resultado

O fundo imobiliário SNME11 reportou um resultado total de R$ 562,6 mil referente ao mês de junho de 2025. A distribuição de dividendos atingiu R$ 0,11 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 1,14% com base no preço de fechamento de R$ 9,62 por cota o fim do mês.

A composição do resultado divulgado mostra que, do montante distribuído, R$ 0,0762 derivaram do resultado do próprio mês, enquanto R$ 0,1100 já estavam provisionados anteriormente pela Suno Asset, gestora do FII. Além disso, o fundo mantém uma reserva acumulada de R$ 0,004 por cota.

A maior parte do resultado do SNME11 continuou a vir de investimentos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam a maior parcela do portfólio do fundo. Os rendimentos oriundos de fundos imobiliários investidos totalizaram R$ 341 mil, com leve crescimento em relação a maio, consequência de alocações realizadas nos meses anteriores.

VRTA11 anuncia novas alocações e mantém dividendos robustos em junho

O fundo imobiliário VRTA11 registrou lucro de R$ 9,07 milhões no mês de junho e distribuiu R$ 0,85 por cota aos investidores. Além disso, o fundo mantém uma reserva de R$ 0,76 por cota, destinada a cobrir obrigações futuras e complementar os proventos mensais.

Entre as movimentações mais relevantes, o fundo anunciou a aquisição de dois novos CRIs: R$ 35 milhões no CRI Epitácio, com remuneração de CDI + 4% a.a. e vencimento em junho de 2030, e R$ 40 milhões no CRI JRM, com remuneração de CDI + 2,5% a.a. e vencimento em junho de 2035. Para viabilizar essas operações, o fundo sob gestão da Fator contratou R$ 80 milhões em operações compromissadas reversas e renovou R$ 57 milhões dessas operações já existentes.

Ao fim do mês, o VRTA11 mantinha R$ 39,4 milhões em caixa, o equivalente a 2,9% do patrimônio líquido, montante que será direcionado ao pagamento de dividendos e a novas alocações em CRIs que estão em fase final de análise — que somam mais de R$ 50 milhões.

RVBI11 mantém carteira estável em meio a processo de fusão

O fundo imobiliário RVBI11 decidiu manter a estabilidade e evitar durante o mês de junho movimentações relevantes na carteira de FIIs, equivalente a mais de 90% de seu patrimônio líquido. A decisão foi motivada principalmente pelo elevado nível de desconto nas cotas, que tornaria qualquer negociação desfavorável em termos de retorno.

Além disso, a gestão buscou preservar a harmonia com os investidores diante de processos de consolidação com os FIIs BPFF11 e HGFF11, também do grupo Patria, que devem ser unificados em apenas um fundo imobiliário nos próximos meses. A AGE do BPFF11 já aprovou a liquidação, com a transferência dos ativos para o RVBI11, enquanto a do HGFF11 segue com prazo para manifestação até agosto.

A ideia é unificar os três fundos em apenas um ativo, com foco em investimentos multiestratégia, o que permite alocar recursos em qualquer tipo de ativo ligado ao mercado imobiliário. Isso inclui desde ativos financeiros, como CRIs, cotas de outros FIIs e ações de empresas do setor listadas na B3, até imóveis, seja de forma direta ou por meio de sociedades de propósito específico (SPEs).

HGLG11 aprova realização de nova oferta de cotas e vai buscar captação de R$ 2,5 bilhões

O HGLG11, um dos maiores fundos imobiliários de logística do mercado, obteve a aprovação de seus investidores para realizar sua 10ª oferta de emissão de cotas. O FII tentará a captação de R$ 2 bilhões, e o valor pode chegar a R$ 2,5 bilhões em caso de interesse pelo montante adicional, de 25%.

O preço unitário da oferta será anunciado junto com o cronograma definitivo, agora que a proposta do Patria foi aprovada em assembleia geral extraordinária (AGE) pelos investidores. A tendência é que seja usado como referência o valor patrimonial do HGLG11, hoje em R$ 162,73 por cota, acrescido de uma taxa de distribuição de no máximo 2,9%.

A captação mínima para validar a oferta será de R$ 30 milhões, e o investimento mínimo será de 10 cotas. Os atuais investidores do HGLG11 poderão exercer o direito de preferência na aquisição, mas a proporção exata ainda depende do número exato de novas cotas que poderão ser subscritas, assim que houver a definição do preço unitário.

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