lucro cai, mas FII paga maiores dividendos em 23 meses

CPTS11 teve redução de 1,2% no lucro, mas ampliou dividendos; confira mais detalhes sobre os investimentos do FII.

CPTS11 teve redução de 1,2% no lucro, mas ampliou dividendos – Foto: Pixabay

O fundo imobiliário CPTS11 registrou um resultado de R$ 27,487 milhões em junho, uma redução de cerca de 1,2% em relação aos R$ 28,755 milhões de maio. Esse resultado foi sustentado por uma receita de R$ 39,508 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 12,02 milhões.

Apesar da ligeira retração, o fundo distribuiu aos cotistas R$ 28,913 milhões, equivalentes a R$ 0,088 por cota, o maior valor mensal a ser pago nos últimos 23 meses.

Com o fechamento da cotação de mercado em R$ 7,47 no dia 30 de junho de 2025, o dividend yield implícito líquido do CPTS11 ficou em IPCA + 11,78% ao ano, considerando a isenção de imposto de renda sobre dividendos. As distribuições contínuas demonstram uma performance atrativa para investidores que buscam renda passiva.

Projeções para os próximos meses indicam distribuições próximas a R$ 0,085 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de aproximadamente 14,54%. Em cenários mais otimistas, a projeção sobe para R$ 0,095 por cota, atingindo um DY de 16,38%. Em modelagens mais conservadoras, o valor esperado é de R$ 0,075 por cota, oferecendo um DY de 12,74% ao ano.

No mês, o CPTS11 apresentou uma rentabilidade de mercado de 2,30%, enquanto sua rentabilidade patrimonial foi de 1,77%. Como referência, o índice IFIX teve alta de 0,63% e o IMA-B cresceu 1,30% no período. A cotação do fundo fechou junho com um desconto de 16,2% em relação ao valor patrimonial de R$ 8,91 por cota, reforçando sua atratividade de preço frente ao valor patrimonial.

Movimentações na carteira de CRIs do CPTS11

A gestão do CPTS11 realizou uma compra definitiva de CRIs no valor de R$ 73,7 milhões, com taxa média de IPCA + 8,93% e spread de 1,09%. Simultaneamente, houve venda de R$ 75,2 milhões em CRIs, com taxa média de IPCA + 7,95% e spread negativo de -0,19%. Essas operações indicam uma estratégia de ajuste na carteira de recebíveis imobiliários.

O desempenho da carteira de recebíveis foi impactado pela redução na taxa dos títulos públicos, que passou de IPCA + 8,39% para IPCA + 8,32%. A carteira de fundos imobiliários do CPTS11 rendeu 0,76% em junho, superando o desempenho do IFIX no mesmo período. A gestão afirma que a carteira de crédito está totalmente adimplente, composta por ativos de alta qualidade, sem operações problemáticas.

Ao final de junho, o fundo mantinha 17 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam 33,6% do patrimônio. Todos os ativos de crédito são indexados ao IPCA e marcados a uma taxa de IPCA + 8,32%, sem exposição a ativos atrelados ao CDI.

Quanto à composição da carteira de FIIs do CPTS11, de ativos, a alocação é de 56,9% do patrimônio líquido. O valor está distribuído em 78 fundos, com 87,6% em fundos de tijolo e 12,4% em fundos de papel.

 

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