Diversos fundos imobiliários divulgaram nesta semana seus dividendos referentes a julho, com alguns deles apresentando dividend yields acima de 1% em relação ao preço de fechamento do mês. Entre os destaques estão o RPRI11, que pagará R$ 1,05 por cota em 13 de agosto, e o PULV11, que distribuirá R$ 0,095 por cota no dia 14.
No caso do RPRI11, o valor corresponde a um dividend yield de 1,21%, calculado sobre a cotação de encerramento de julho. A data-base para os investidores com direito ao pagamento foi o dia 31 de julho.
Já o PULV11, também com data-base em 31 de julho, apresentou um retorno proporcional de 1,20% sobre o preço de mercado.
Os dois fundos se destacam no cenário atual de FIIs, em que yields acima de 1% ao mês são considerados atrativos frente ao patamar de juros ainda elevado.
Vale ressaltar que os dividendos de ambos os fundos são isentos de Imposto de Renda (IR).
PULV11 tem retorno da carteira em IPCA + 11,30%
O fundo imobiliário PULV11, com foco em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), segue reforçando sua estratégia de alocação. Em abril, foram investidos R$ 22,8 milhões em três novas operações, mantendo a taxa média combinada da carteira em IPCA + 11,30% ao ano.
A robustez da carteira reflete-se na distribuição de R$ 0,09 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 12,15%.
O principal aporte foi de R$ 11,2 milhões no CRI CB I Sênior, com retorno de IPCA + 11,75% ao ano. Trata-se de uma operação lastreada em contratos de home equity da CB, com garantias como fundo de reserva e alienação fiduciária.
O segundo investimento foi de R$ 10,3 milhões no CRI Pulverizado MK IPCA, remunerando IPCA + 10,50% ao ano. A estrutura é voltada ao financiamento de obras de pequeno porte, com liberação de recursos condicionada a reembolsos controlados por um fundo de obras específico por projeto.
Já o terceiro movimento envolveu a aplicação de R$ 1,3 milhão na série II e R$ 0,5 milhão na série III do CRI aMora, com remuneração de IPCA + 9,75% e IPCA + 12,25% ao ano, respectivamente. Os recursos são destinados à aquisição de imóveis para aluguel, contando com um conjunto robusto de garantias: alienação fiduciária dos imóveis e das quotas da SPE, cessão de recebíveis, fiança dos sócios (PF e PJ) e fundo de despesas.
RPRI11 foca carteira com IPCA+11%
O fundo imobiliário RPRI11 registrou em maio um resultado de R$ 4,07 milhões, impulsionado por mudanças estratégicas na composição da carteira de ativos. A principal movimentação do período foi a venda de dois CRIs atrelados ao CDI: o CRI Tarjab Altino CDI e o CRI Pernambuco Aurora, cujas posições somavam R$ 12,48 milhões e R$ 4,87 milhões, respectivamente.
A decisão tem como objetivo reforçar a estratégia da gestora de compor uma carteira 100% indexada ao IPCA, aproveitando oportunidades no pipeline atual, que apresenta spreads e taxas nominais superiores à média do portfólio do fundo.
Já no primeiro dia de junho, R$ 15 milhões da liquidez disponível — de um total de R$ 19 milhões — foram alocados em um novo CRI remunerado a IPCA + 11,90% ao ano, cujo detalhamento será divulgado no relatório de junho.
A movimentação marca a continuidade do plano da RBR de substituir gradualmente os ativos atrelados ao CDI conforme as liquidações forem ocorrendo, direcionando os recursos para operações mais aderentes ao perfil do fundo e ao atual cenário macroeconômico.
Dividendos são destaques
Os anúncios de dividendos feitos por mais de 150 fundos imobiliários e Fiagros e o fechamento do IFIX com queda acumulada de 1,36% em julho estão entre os destaques desta sexta-feira (1), abertura do mês de agosto.
Nesta quinta-feira (31), o IFIX reverteu a tendência de queda do começo da semana e subiu 0,67%, fechando o mês de julho em 3.436,38 pontos. O avanço, porém, foi insuficiente para recuperar totalmente o principal índice do mercado de FIIs, que caiu 1,36% no acumulado do mês — o primeiro fechamento mensal no vermelho desde janeiro, após cinco meses seguidos de resultados positivos.
Essa movimentação positiva foi puxada principalmente pela distribuição de dividendos e pela Data Com de mais de 150 FIIs. Eles usaram o encerramento do último pregão do mês para fechar a lista de beneficiários dos proventos que serão distribuídos nas próximas semanas.