IFIX teve seu primeiro dia de queda em setembro nesta terça-feira (2), interrompendo uma série de oito altas consecutivas
O IFIX teve seu primeiro dia de queda em setembro nesta terça-feira (2), interrompendo uma série de oito altas consecutivas, e fechou em 3.472,47 pontos, recuo de 0,20% em relação à véspera.
O índice de FIIs operou em patamar negativo desde os primeiros minutos, mas acentuou a queda no início da tarde e passou a maior parte do tempo oscilando em torno de 3.470 pontos. O dia foi marcado por recuo também no Ibovespa e alta nos juros futuros e no dólar.
Para alguns especialistas, o resultado do PIB, com alta de 0,4% em relação ao trimestre, refletiu um ritmo de desaceleração menor do que o esperado, o que pode prorrogar por mais tempo o cenário de Selic elevada.
Além disso, o aumento dos juros em mercados desenvolvidos, diante de percepções de maior risco fiscal, e o temor de uma reação negativa dos EUA ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro contribuíram para elevar o cenário de incerteza, prejudicando o desempenho dos segmentos de renda variável.
IFIX — resumo do dia 02/09/2025
- Fechamento: 3.472,47 pontos (-0,20%)
- Mínima: 3.469,47 (-0,29%)
- Máxima: 3.482,60 (+0,09%)
- Acumulado da semana: -0,11%
- Acumulado do mês: -0,11%
- Acumulado do ano: +11,43%
URPR11 se destaca entre altas, mas segue descontado
O fundo imobiliário URPR11, que atua no segmento de recebíveis, liderou as altas do mercado de FIIs nesta terça-feira (2), em dia marcado por queda do IFIX, o principal índice do setor, após oito sessões consecutivas com resultados positivos.
O URPR11 subiu 2,31% e fechou em R$ 35,44, revertendo as perdas da véspera, mas continua sendo um dos fundos mais descontados entre os componentes do IFIX: com esse valor, a relação P/VP é de 0,35x, considerando o valor patrimonial por cota de R$ 99,72.
Na sexta-feira (29), o URPR11 anunciou dividendos de R$ 0,40 por cota pelo segundo mês consecutivo, com pagamento previsto para o dia 12. Embora o dividend yield seja superior a 1%, considerando o preço de mercado, é o menor valor distribuído pelo FII nos últimos cinco anos.
O KORE11 teve uma das principais quedas do dia, de 2,18%, a R$ 65,82. Entre os FIIs de maior liquidez, o MXRF11, dono da maior base de cotistas do mercado, caiu 0,11%, a R$ 9,51, enquanto o CPTS11 recuou 0,54%, a R$ 7,40.
A carteira teórica do IFIX foi modificada nesta segunda-feira (1) pela B3. Dos 117 FIIs que compunham o índice, foram afastados o BARI11 e o HGFF11, que estão em processo de incorporação por outros fundos da mesma gestora, além do HGPO11 e do VIUR11. Foram incluídos o AZPL11 e o JSCR11, e o índice agora conta com 115 FIIs, em composição que vale até o fim do ano.
