SNAG11 mantém guidance de dividendos e carteira em dia

SNAG11 divulgou resultados de junho e manteve a projeção de dividendos nos patamares atuais; confira os valores.

SNAG11 financia produção agrícola – Foto: Pexels

O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, manteve seu guidance de dividendos para o terceiro trimestre no intervalo entre R$ 0,105 e R$ 0,115 por cota, seguindo o patamar dos últimos meses. O anúncio foi feito no relatório gerencial, divulgado na semana passada.

Os dividendos do SNAG11 têm se mantido estáveis em R$ 0,11 por cota, no centro desse guidance, desde o pagamento de dezembro, realizado em janeiro. No mês de junho, esse valor representou um dividend yield anualizado de 14,49%. Desde sua listagem, o fundo entrega um retorno total de 43,05%, acima de benchmarks como o CDI (40,32%), o IFIX (23,49%) e o IPCA (14,16%).

Em junho, a carteira do SNAG11 se manteve livre de eventos de inadimplência, com resultado líquido de R$ 8,1 milhões, suficiente para manter o patamar de rendimentos e uma reserva de lucros de R$ 0,051 por cota. As operações de crédito, pulverizadas entre 264 devedores, têm um spread médio de CDI + 3,68%, com duration de 4,96 anos.

Os dois imóveis do Fiagro, locados à Boa Safra para uso operacional, tiveram reajuste em julho, com valores a serem confirmados no próximo relatório. Eles representam cerca de 8% do patrimônio líquido do fundo e apresentam um cap rate de 8,13% ao ano.

SNAG11 projeta próxima safra para soja, milho e café

O SNAG11 dedicou boa parte de seu relatório de junho para projetar as possibilidades para as próximas safras de soja, milho e café, que representam aproximadamente 87% da exposição do fundo. A Suno Asset vê “contrastes relevantes” entre as culturas.

“A soja sinaliza uma retomada produtiva positiva após um ciclo impactado por adversidades climáticas, enquanto o milho enfrenta um cenário mais desafiador, com margens pressionadas, elevação nos custos de produção e incertezas quanto ao desempenho da segunda safra”, diz a gestora.

 Quanto ao café, apesar de perdas registradas no arábica, “a combinação entre recuperação do conilon e custos relativamente controlados mantém a expectativa de rentabilidade positiva para o produtor”, prossegue o texto.

Soja precisará ampliar a produtividade

O SNAG11 destaca que a cultura de soja requer uma produtividade cada vez maior, diante de um cenário em que o aumento da área ocupada deve ser o menor dos últimos anos, com crescimento de 1,5% da safra 2025/26 para a anterior. 

As empresas produtoras contam com a expectativa de avanço robusto, com crescimento global estimado em 4% na produção ancorado em dois pilares principais: maior utilização de farelo de soja na formulação de rações para as cadeias de proteína animal e aumento da demanda por óleo de soja na indústria de biocombustíveis, favorecida pelo avanço das políticas de transição energética e descarbonização.

Ao mesmo tempo, os produtores devem enfrentar uma redução nas margens de lucro, diante do aumento de custos, estimado em 8%. Para o estado de Mato Grosso, onde estão boa parte dos devedores do SNAG11, a margem líquida por hectare deve recuar de 41% para 34%.

Diante disso, para evitar riscos e preservar a rentabilidade e a adimplência total da carteira, a Suno Asset mantém a parceria com a Serasa Experian para uso da ferramenta Agro Score, que monitora a capacidade de pagamento e garante a mitigação dos riscos de crédito relativos aos recebíveis do portfólio do SNAG11.

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